A faixa, produzida em parceria com Paulo Assis, tem como base o ritmo africano, mixado com influências cubanas e indianas. O resultado é uma fusão cultural rica, com a participação de Jim Hamilton na percussão, Iuri Salvagnini no piano e Paulo Assis no baixo. O título “Mitié”, uma gíria baiana que evoca mistura e encontro, reflete diretamente a mensagem central da música. Cara explica: “Acho que o título tem tudo a ver com a composição, porque é um pouco a ideia de mistura das nossas identificações.
A letra de “Mitié” é profundamente influenciada pela célebre frase “o homem que diz sou, não é” da canção “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Cara utiliza “contrações-batuques” e encontros de consoantes para criar uma musicalidade única que vai além do melódico, tornando-se um verdadeiro exercício de interpretação.
O videoclipe ilustrado por Emerson Brandt
As imagens do clipe trazem traços, esboços e subversões de núcleos, refletindo o processo criativo em torno da identidade, ou melhor, da falta dela. O audiovisual é um retrato simbólico da vida de Dude, com ilustrações que remetem a diferentes fases e épocas.
A trajetória multifacetada de Dude São Thiago
Com uma carreira diversa, Dude São Thiago transita entre as artes cênicas, a música e a psicanálise. Formado em medicina, com especialização em psiquiatria, ele também é ator, diretor teatral e psicanalista. Após 10 anos longe dos palcos, Dude retornou em 2023 como intérprete e autor
O lançamento de “Mitié” representa sua estreia como compositor no cenário digital, após a reinterpretação de “Magrelinha”, de Luiz Melodia, que foi seu primeiro single em 2024. Sua obra é marcada pela busca contínua de transformação e cura.
Dude São Thiago redefine a identidade com “Mitié”, celebrando a mistura e o encontro de culturas e pensamentos, em uma obra que vai muito além da música.
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