À medida que celebramos o Dia Internacional da Mulher, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) lança seu mais recente relatório, intitulado “Mulheres na Música”, com o intuito de fomentar discussões sobre a presença feminina na indústria musical. Este relatório não apenas oferece um panorama atualizado sobre a participação das mulheres na música, mas também busca reconhecer e valorizar suas contribuições, promovendo um ambiente inclusivo e inspirador para as gerações futuras.
Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad, ressalta a importância da presença feminina na indústria musical como um catalisador para o empoderamento das futuras gerações de artistas. Ela destaca que as mulheres que ocupam posições de destaque como ícones musicais, produtoras e líderes de empresas do setor inspiram jovens talentos a perseguirem seus sonhos, desafiando as normas de uma indústria historicamente dominada por figuras masculinas.
O relatório revela avanços discretos, mas significativos, em 2023, que têm o potencial de ampliar a conscientização sobre a importância de uma maior participação e contribuição das mulheres na música. Um dos pontos destacados é o aumento no número de mulheres beneficiadas com direitos autorais em comparação com o ano anterior, passando de 25 mil em 2022 para 29 mil em 2023.
Além disso, houve um aumento na presença de compositoras entre as músicas mais tocadas no Brasil em 2023, com cinco das 20 principais composições creditadas a mulheres, representando 25% do ranking. Esse número é superior ao registrado em 2022, quando três músicas tinham autoria feminina.
A participação feminina entre os 100 maiores beneficiários de direitos autorais também cresceu, dobrando de 3% em 2019 para 6% no ano passado.
O relatório “Mulheres na Música” oferece uma análise abrangente dos segmentos de execução pública que mais beneficiam as mulheres na distribuição de direitos autorais, bem como das categorias de titulares de música mais representadas.
Esta é a quarta edição do relatório produzido pelo Ecad, baseado em dados da gestão coletiva da música no Brasil. Apesar de a informação sobre gênero não ser obrigatória nos cadastros, o Ecad utilizou inteligência de dados para identificar o gênero dos titulares, cruzando seus nomes com uma lista do IBGE quando necessário.
A gestão coletiva da música no Brasil é realizada pelo Ecad e sete associações, que administram os direitos autorais dos titulares de música, contribuindo para um ambiente mais justo e equitativo na indústria musical.
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